sábado, 19 de dezembro de 2020

Estrela de Bethlehem escaldante

     


    Cá nas bandas do Ocidente, o estereótipo do Natal é a representação da casinha perdida na neve, com sua chaminé esfumaçada e esquilos, serelepes, com suas bochechas empanturradas de nozes, correndo pelos telhados de ardósia. A realidade do meu Natal, no entanto, é ligeiramente diferente: calor, tórrido calor. De maneira que, daquele estereótipo, tudo o que permanece é a atmosfera da lareira, da lenha em brasa, do tição flamejante. Aqui em São Paulo, no trópico de Capricórnio, a atmosfera natalina se mantém, incólume, às voltas dos 30 graus Celsius. Já no Rio de Janeiro, capital espiritual do Brasil, os termômetros celebram o nascimento do Redentor com maior efusividade. Coitados. 

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