domingo, 31 de janeiro de 2021
Sob a máscara -- Crônica.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Por que você escreve?
É fácil encontrar e, como diria minha avó, se aprochegar de quem nutre os mesmos gostos que você. Hoje, com a onipresença da internet na vida cotidiana, estabelecer contato e quiçá amizade com quem partilha das mesmas preferências que você é uma vantagem civilizacional tremenda. Se nós, humildes e ingênuos usuários da rede mundial de computadores, faremos uso deste meio por muito mais tempo, é uma questão que não cabe aqui. Vamos levando a vida dentro dos exatos limites das possibilidades como, aliás, sempre fizemos -- conformados ou a contragosto. Assim, no meu simples cotidiano de estudante autodidata, leitor e acumulador voraz de livros, facilmente descubro novos colegas amantes de literatura. Eles escrevem, mantêm blogs, sites, revistas eletrônicas, redes sociais, etc., no entanto, para meu desgosto -- porque gosto de conservar aquilo que amo --, raramente escrevem bem. Geralmente, esses bibliófilos das internets só estão preocupados mesmo com a exibição das suas estantes apinhadas de livros (nunca lidos) nas redes sociais. Quando falo em escrever bem, quero dizer simplesmente que eles não têm a genuína preocupação em exprimir, da melhor forma possível, suas experiências com a realidade; não sentem o peso da necessidade de dizer, de dar uma forma verbal às suas experiências reais. Para estes, a literatura não passa de um passatempo, uma diversão frugal que exige algum esforço da mente, mas que, no final, não tem valor substantivo para a vida, como o jogo de xadrez.
Escrever, como incansavelmente ensinam os grandes mestres, exige não só disciplina, mas coragem também; exige que o escritor não se permita ser dominado pelo arrefecimento do espírito, pela acídia que leva à mediocridade, à superficialidade, à prostituição da consciência, à conformidade com as narrativas ideológicas deste ou daquele grupinho. É curioso notar como as pessoas estão cada vez mais institucionalizadas hoje em dia: para empreender uma investigação, seja no âmbito intelectual, como nas ciências humanas e exatas, seja no âmbito prático, como nas matérias jornalísticas, só tem valor objetivo para o grande público os trabalhos realizados por quem tenha diploma referendado por tal ou qual instituição. O simples esforço individual da inteligência para entender a realidade não vale se não estiver sob as diretrizes de alguma instituição que forneça, mediante o diploma, o crivo através do qual se possa analisar todas as coisas. Pergunta-se: Machado de Assis tinha diploma universitário? William Faulkner gradou-se em qual universidade? Ray Bradbury exibia aos amigos suas fotos usando beca, faixa e capelo? Charles Dickens mantinha uma moldura em cima da lareira ostentando o seu título de Doutor? Lima Barreto fora renomado Bacharel? Quando a sociedade passa a superestimar os títulos, os diplomas, as cartas de comprovação da passagem pelo campus universitário ao invés de reconhecer o real valor do trabalho intelectual genuíno, vocacionado, desinteressado, toma como verdade universal a visão da realidade sepultada pela atmosfera da burocracia institucional. "Afinal, você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?". As implicações disto são tenebrosas, não?
sábado, 23 de janeiro de 2021
Falai palavrões!
É necessário, às vezes, ser rude, no sentido mesmo de ríspido, no entanto, essa necessidade quase cotidiana só existe para um tipo especial de pessoa que, mui desgraçadamente, está cada vez mais abundante no mundo: o idiota. O idiota é aquele sujeito cuja energia máxima da existência é empregada unicamente em vislumbrar o seu próprio umbigo, limpá-lo com aqueles protetores auriculares -- que para ele deveriam ser umbigulares -- embebidos em substância higiênica, lustrá-lo, enfiar-lhe o dedo indicador até que a articulação distal desapareça no tecido adiposo do abdomen. Eliminar as crostas negras de sujeira acumuladas nessa icônica região anatômica é, portanto, a única atividade digna de concentrar toda a atenção verdadeira do idiota contumaz. Nenhum pingo de energia para a prática do amor ao próximo, nenhum interesse em fazer o bem para quem quer que seja, nenhum reflexo de atenção verdadeira para com o outro. Nada. Todo o universo está, para o idiota, circunscrito pelos limites anatômicos do seu fabuloso umbigo. "Oh, Umbigo divino! Oh, Umbigo ditoso! Oh, Umbigo perfeito! Tu és o centro de todo o universo! Para Ti convergem todas as massas, Tu as atrai todas para Si e nem aqueles que cavalgam os raios de luz, a 299.792.458 m/s podem escapar-Te a atração. Tu és incomparável, oh, Umbigo deífico!". O idiota, quando medita sobre os mistérios da vida, tem pensamentos desta natureza.
Daí que toda sorte de palavras malcriadas, de vocábulos torpes, imorais, vulgares, diabolicamente articulados em explosões de perdigotos, lhe sejam destinadas. É satisfatório. Se é belo e moral também, não me interessa, só sei, nesse momento, que é satisfatório, sumamente satisfatório. É como ter o vigor físico para dominar, sozinho, uma mangueira de bombeiro cujo hidrante é o seu próprio corpo e a substância que lhe sai, descrevendo esguichos magníficos, ser suficiente para lavar, por inteiro, o Maracanã. Não só, mas a Quinta da Boa Vista também. Sim! Você seria capaz de apagar o incêndio que destruiu o palácio de São Cristóvão com a sua extraordinária mangueira! Claro, isso se tivesses a habilidade de manuseá-la com perícia. As conjecturas sobre a natureza da substância esguichada do seu próprio corpo são desnecessárias, pois já temos aqui um quadro demasiadamente burlesco. Imagine que é água, pronto, assim como a água do aqua lateris Christi, embora, como é sabido, qualquer substância viscosa, quiçá branca-amarelada, composta por enzimas, ácido cítrico e até por bichinhos microscópicos, também seja, dependendo da abundância, eficiente para apagar um incêndio -- a chama de uma vela, pelo menos. Só não tão indecente quanto quando o idiota, insatisfeito em movimentar a falange do seu indicador pelas paredes rugosas da estrutura interna do seu umbigo, o leva à língua, com o propósito de dar uma dimensão também palatável ao seu espetáculo picaresco.
Ah, idiota, o que faríamos sem você? Será que o mundo seria melhor se algumas pessoas subitamente decidissem parar de se meter na vida alheia? Será que a vida no planeta ou redondeta Terra -- como preferir -- seria melhor se algumas pessoas decidissem estudar antes de dar soberbamente suas opiniões? Será que haveria algum impacto positivo na vida ordinária do cotidiano se alguns bípedes passassem a usar a dupla de orifícios auriculares com maior frequência do que o grande orifício delimitado pela mucosa de tonalidade avermelhada através da qual recebem o alimento diário -- ou semanal, para as pobres vítimas de algum regime comunista por aí? Será? Eu leio a Bíblia, já a li algumas vezes e sempre, sempre a estou relendo. Há um trecho, uma passagem que, sempre que me flagro pensando na fatalidade dos idiotas, me vem à mente: é aquela na qual Nosso Senhor Jesus Christo, enrolando tiras de cordas nas mãos, desfere lambadas ardidas nos lombos dos vendilhões, dos cambistas que estavam fazendo do ambiente sagrado do templo uma verdadeira feira do rolo. O contexto, isto é, as partes que vêm antes e depois do texto aqui citado por mim, está todo lá, você pode conferir lendo o Evangelho segundo São João, capítulo II, a partir do versículo 13. Imaginar o Verbo Encarnado, furioso, esbravejando com um chicote na mão enquanto, a pontapés, virava mesas e, literalmente, chutava o pau da barraca, é maravilhoso! Os vagabundos dos marreteiros eram mesmo uns completos idiotas, porque profanaram o templo ao invés de prestarem culto ao Senhor. Parvos!
De que modo um idiota pode ser curado de sua idiotice? A resposta é muito complexa, porque, embasado nas minhas observações, constatei que quanto mais idiota um sujeito é, menos percebe sua idiotice. Ele, portanto, só pode ser salvo através do brilho de um centelha de inteligência que, por milagre, ainda possa bruxulear dentro de si. Um método eficiente para verificar essa possibilidade é, quando pego no flagrante de alguma de suas idiotices, gritar-se-lhe palavrões, de preferência ao pé do ouvido, de modo a provocar um despertamento no infeliz. Um choque de realidade. Agora, se os palavreados não surtirem efeito, você pode fazer como Nosso Senhor, e sentar-lhe a chibata no lombo. Mas, como aqui não quero insinuar atos de violência [física], limite-se mesmo aos justos impropérios. Talvez haja esperança para o ouvinte. Talvez.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
Resenha do filme A BRUXA -- 2015 --, de Robert Eggers.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Carpeaux sobre a Bíblia
OTTO MARIA CARPEAUX fora um sábio, um erudito na mais pura acepção do termo. Seu robusto conhecimento da Literatura, com todas as suas implicações na vida do indivíduo humano, está compilado nos calhamaços da sua monumental História da Literatura Ocidental. Esta obra é uma referência permanente, não só para conhecer o desenvolvimento da Literatura na História, para observar as causas do surgimento dos diversos gêneros literários, das diversas escolas e tradições literárias mas, de quebra, conhecer também como um escritor não nativo da língua de Camões aprendeu a dominá-la ao ponto de se expressar perfeitamente no novo idioma. Reproduzo aqui um pequeno trecho no qual Carpeaux fala sobre a Bíblia, sobre a problemática das diversas traduções no contexto da Reforma Protestante. "Deus escreve certo sobre linhas tortas", é o que diz o ditado. A ruptura de diversas nações europeias contra a Igreja Católica fora determinante para as mudanças subsequentes, para as novas modalidades de governo e para as novas expressões culturais -- nem sempre benéficas. Contudo, o acesso ao texto sagrado escrito não em Latim, mas nos idiomas locais, fora determinante para a consolidação desses próprios idiomas. Diz Carpeaux:
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"'Bíblia' não significa 'livro', mas 'livros'. Com efeito, não se trata de um livro só, ou de dois -- o Velho e o Novo Testamento --, mas de duas coleções de literatura religiosa, histórica e poética, ou antes, de duas literaturas inteiras. O Velho Testamento é tudo o que ficou da literatura do antigo povo judeu, mas bastante para constituir uma literatura. Os grandes símbolos cosmológicos e os trabalhos e viagens pré-históricas dos patriarcas do Gênese, a legislação severa e teocrática dos outros livros do Pentateuco, as histórias de bravura e crueldade, devoção e apostasia de pastores e reis orientais, nos Juízes e Reis, a visão misteriosa da história universal, no Daniel, o idílio pastoral de Rute, a paixão nacional de Ester, o ardor sensual do Cântico dos Cânticos e o pessimismo desesperado de Jó, o ceticismo do Eclesiastes e a sabedoria prática dos Provérbios, e o desespero e júbilo lírico do Saltério, os hinos de Isaías e as lamentações de Jeremias, as reivindicações sociais de Amós e as visões de Ezequiel e dos outros profetas -- nessa 'velha' Bíblia há tudo o que a gente pode sentir e pensar e exprimir.
O Novo Testamento também constitui uma literatura independente: não está escrito no grego de Sófocles e Platão, mas na koiné, na 'língua geral' das classes baixas da parte oriental do Império Romano, e é o único grande monumento literário daquele conglomerado de nações e das suas angústias e esperanças: os grandes discursos éticos de jesus no Evangelho segundo São Mateus, as parábolas novelísticas do Evangelho segundo São Lucas, a teologia mística do Evangelho segundo São João, as vicissitudes da primeira história eclesiástica, nos Atos dos Apóstolos, eloquência, sutileza teológica e abundância de coração, nas epístolas de São Paulo, visões monstruosas, ameaças terrificantes e hino interminável do Apocalipse -- os 'livros' compreendem tudo, do começo até o fim do mundo.
O conhecimento desse cosmo religioso e poético por meio das traduções abriu às nações europeias mundos históricos e lados da natureza humana dos quais a literatura greco-romana não soubera nada. A transformação de todos os conceitos emocionais e intelectuais que a Europa experimentou pelo conhecimento da Bíblia só pode ser apreciada por meio da história complicada das traduções.
A primeira é a tradução alemã de Lutero: o Novo Testamento, de 1522, e o Velho Testamento, de 1534. As traduções que os protestantes alemães hoje usam exibem ainda o nome do reformador nas folhas de rosto; mas diferem essencialmente do original. As sucessivas revisões do texto impuseram-se, não apenas pelos progressos da ciência filológica e exegética, mas em primeira linha pelos progressos da língua; só dificilmente se lê hoje o original. Lutero não criou a língua alemã moderna -- só a usou e aperfeiçoou com mestria incomparável -- nem a moldou definitivamente. Mas encheu-a. A língua alemã, da expressão solene ou erudita até a conversa simplíssima dos camponeses, está cheia de citações e alusões bíblicas, as mais das vezes já não reconhecidas como tais. Um alemão não pode dizer vinte palavras sem empregar uma expressão bíblica, quer dizer, luterana, e isso se aplica também aos católicos, que, durante a unificação linguística do século XVIII, adotaram a língua de Lutero. Nem o racionalismo nem o Classicismo de Weimar foram capazes de eliminar o caráter bíblico da língua alemã; um estudo especializado revelou a existência de inúmeras expressões e metáforas da Bíblia luterana nas poesias e escritos do menos cristão entre os poetas alemães, Goethe; encontram-se metáforas bíblico-luteranas, e isso em número considerável, nas pastorais dos bispos católicos, que adotaram, desse modo, a língua do livro cuja propriedade os seus predecessores puniram pela morte dos heréticos. A unidade real da nação alemã ainda é duvidosa: até onde existe, é obra da Bíblia luterana.
O mesmo fenômeno repetiu-se em várias outras nações europeias. A Statenbijbel, projetada pelo sínodo da Igreja calvinista holandesa, em Dordrecht, em 1619, e realizada por uma comissão de seis tradutores até 1637, consolidou definitivamente as diferenças entre a língua holandesa e a língua alemã. A presença de dois flamengos entre aqueles tradutores deu à Statenbijbel um aspecto linguístico mais geral e facilitou, três séculos mais tarde, a unificação linguística dos holandeses protestantes e dos flamengos católicos. Na Escandinávia, a Bíblia quase criou línguas, literaturas e nações. Christiern Pedersen, padre dinamarquês que traduzira a crônica nacional de Saxo Grammaticus, tornou-se, por outra tradução, o reformador da Dinamarca: a Bíblia que se chama, do nome do rei que a autorizou, Kong Christierns Bibel, e que é o primeiro monumento até hoje vivo da literatura dinamarquesa; em Pedersen, encontram-se as últimas lembranças do passado pagão, conservadas nas crônicas de Saxo, com a cristianização enfim completa. Entre os tradutores-reformadores do século XVI, a única personalidade que se pode comparar ao próprio Lutero é o sueco Olaus Petri, chanceler, reformador, historiador, poeta, que deixou a memória do caráter mais poderoso e mais duvidoso da história nacional; em todo o caso, criou aos suecos a língua e a consciência nacional. Com Pedersen e Petri entram na literatura europeia as duas nações que darão Ibsen e Strindberg. A Reforma, que significou retirada da Europa para os alemães, significou europeização para os povos nórdicos.
O caso mais importante é a Bíblia inglesa. Mas a história é complicada. O primeiro tradutor é o principal: William Tindale. Da sua tradução do Novo Testamento, em estilo solene e arcaico, que é um equivalente perfeito do Latim da Vulgata, sobrevivem, quase sem alteração, os salmos como parte da liturgia anglicana. Tindale era protestante; mas a Inglaterra seguiu o caminho diferente de uma Reforma parcial, pela mera vontade do rei. Em 1539, o bispo Miles Coverdale deu à nova Igreja Anglicana a Great Bible, da qual no ano seguinte, sob os auspícios do arcebispo Cranmer, foi feita uma revisão: a Cranmer Bible. A reação católica da rainha Maria Tudor interrompeu a evolução, e, nesse tempo, os protestantes ingleses, não satisfeitos com os trabalhos anteriores, criaram a Geneva Bible (1560), obra de William Whittingham; é a Bíblia dos puritanos, a Bíblia em cuja língua Cromwell arengou aos seus soldados, a Bíblia que acompanhou os Pilgrim Fathers para a América. Após a consolidação da Igreja Anglicana pela rainha Elizabeth I, o arcebispo Parker editou, em 1568, a Bishop's Bible; mas esta não satisfez, depois, o rei James I, que dirigiu a Igreja Anglicana definitivamente para a via media, meio termo entre protestantismo e catolicismo. Em 1604, o rei recomendou aos bispos nova tradução, que foi elaborada durante sete anos, por uma comissão de 47 tradutores, entre eles homens tão eruditos e santos como Andrewes. O resultado foi a tradução de 1611, chamada King James' Bible, do nome do monarca, ou Authorized version, porque o seu uso foi 'autorizado'. Que significam essas complicações históricas?
Em parte, são consequências da índole bem inglesa daquela Igreja. Não foi criada pela consciência de reformadores eclesiásticos nem pela vontade da nação, e sim por um ato arbitrário do rei Henrique VIII, que pretendeu conservar as instituições católicas e substituir apenas a autoridade papal pela autoridade do monarca. Não era possível, porém, afastar as influências protestantes, e o resultado, após muitas fases dolorosas de transição, foi aquela via media: um 'compromisso' bem inglês. A própria King James's Bible é, aliás, um 'compromisso' entre a Bishop's Bible e o texto de Tindale. A Authorized version é uma obra de arte extraordinária: reúne ao gênio linguístico de Tindale, só comparável ao de Lutero, a serenidade equilibrada dos bispos e eruditos da via media. O estudo da evoluções do texto, de Tindale até 1611, é sobremaneira atraente e esclarecedor quanto ao gênio da língua inglesa. Mas a Authorized version não foi elaborada, afinal, para fins literários; tratava-se da tarefa de tornar aceitável à nação inteira o texto do Verbo divino. Aquelas oscilações, durante quase um século, devem ter outro sentido, mais profundo do que os motivos políticos e filológicos indicam. A verdade é que a Authorized version nunca foi realmente 'autorizada'; venceu pelo uso, o que é também um processo bem inglês, indicando que a obra resolvera satisfatoriamente uma dificuldade que ninguém quisera admitir. A língua inglesa é resultado da fusão de duas nações: dos anglo-saxões, de língua germânica, e dos normandos, de língua francesa. O equilíbrio, alcançado em Chaucer, foi novamente ameaçado pela Renascença, em favor dos elementos latinos. Quer dizer, a europeização da literatura inglesa era capaz de separar, outra vez, a nação em duas classes de línguas sensivelmente diversas. Só a Bíblia, o livro comum de todos, podia restabelecer o equilíbrio. Na língua da Authorized version, escreveu Milton a sua poesia classicista e escreveu Bunyan a sua alegoria popular. A Authorized version terminou, na Inglaterra, a fase da Renascença de importação estrangeira; transformou-se em fundamento linguístico da literatura inglesa moderna".
sábado, 2 de janeiro de 2021
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